Vândalos


 Em 406, os Vândalos atravessaram a fronteira do Reno. Entre 407 e 409, a Gália foi saqueada pelos Vândalos, que logo de seguida (409-411) se apoderaram da Hispânia. Estilicão foi obrigado a chamar as legiões estacionadas na Britânia e na Gália do norte, acabando assim com o domínio romano sobre a Britânia.

Esse povo bárbaros fundaram na África, em 429, o primeiro reino independente em solo do império. Os Suevos seriam empurrados pelos Alanos para noroeste, fixando-se na Galécia, enquanto que os segundos foram etnicamente absorvidos pelos Vândalos em direcção a África. Nesta movimentação, os Vândalos, sob a liderança de Genserico, sitiaram a cidade africana de Hipona, onde morreu Agostinho de Hipona, em agosto de 430, e ocuparam Cirta e Cartago, ao cabo de grande resistência. Apoderam-se em seguida das Baleares, da Córsega, da Sardenha e da Sicília. Potenciados pelas divergências religiosas da sua vertente ariana contra o catolicismo romano, os Vândalos confrontar-se-iam daí para a frente várias vezes com o império, chegando mesmo a saquear Roma, em 455. Em 470, o império mediterrânico dos Vândalos estendeu-se do Norte de África às ilhas mediterrânicas.

Sobre os Vândalos
Os Vândalos eram uma tribo germânica oriental que penetrou no Império Romano durante o século V e criou um estado no norte da África, centralizado na cidade de Cartago. Os vândalos saquearam Roma no ano de 455, destruindo muitas obras primas de arte que se perderam para sempre.


Vandali era o nome latino dos wandeln, um povo germânico procedente da Escandinávia .
Uma das várias teorias sobre a origem do nome Andaluzia está ligado aos vândalos, que ocuparam a região (originalmente Vandalusia e depois Al-Andalus), na Espanha temporariamente antes de migrarem para a África.

 
Acepção atual

Atualmente, vândalo é chamado quem destrói ou deprede bens públicos pelo único prazer da destruição ou aqueles que cometem ações selvagens e desalmadas. A acepção atual de vândalo no sentido de depredador provem do adjetivo francês ‘vandalisme’, cunhado em 1794 pelo bispo republicano Grégoire, para criticar os depredadores de tesouros religiosos.